30.10.17

“PRECISAMOS CONSTRUIR UMA FRENTE AMPLA E GARANTIR AS ELEIÇÕES DE 2018”, AFIRMOU O DIRIGENTE COMUNISTA JOÃO BATISTA LEMOS NO BATE-PAPO DA SEMANA

O bate-papo da semana foi realizado na casa de um comunista histórico que chegou a ser demitido de duas montadoras de veículos por coordenar greves no ABC paulista na época da ditadura, filiado ao Partido Comunista do Brasil desde os idos de 1975, falo do presidente do PCdoB do Rio de Janeiro, João Batista Lemos (foto).


Durante a descontraída entrevista, João Batista percorreu cinco décadas de lutas, lembrou-se dos tempos em que conheceu o também operário Lula e da construção do novo sindicalismo brasileiro, “agora tão ameaçado por esse governo usurpador e golpista. Precisamos construir uma Frente Ampla com todas as forças políticas e sociais que estão em defesa da democracia, por isso também é necessário garantir as eleições de 2018. No momento se coloca a necessidade de solidariedade a Lula, pois essas mesmas forças que deram o golpe hoje procuram eliminar um de seus maiores obstáculos que é a liderança de Lula. O povo já começa a perceber através de sua própria experiência a diferença entre os governos de Lula e Dilma com o governo do usurpador Temer. Ao lado da necessidade da construção da Frente, o nosso partido também precisa se colocar como alternativa de poder para o povo brasileiro através de seu programa. O momento é de organizar a resistência pensando a curto, médio, e longo prazo. Sem um forte movimento político das massas trabalhadoras é quase impossível buscar uma saída democrática e a construção de um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento com o aprofundamento da democracia, da soberania nacional e da valorização do trabalho”, salientou João Batista Lemos.

Com fecunda vida como sindicalista e militante político, o dirigente comunista foi recentemente reconduzido à direção estadual do partido durante a 20ª Conferência Estadual da legenda. O encontro foi realizado nas dependências da Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ, que vem sofrendo muito com a péssima gestão do governo peemedebista. No encerramento, que teve cobertura da TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical, João Batista Lemos fez questão de falar aos camaradas e destacar a importância da unidade do Partido e da luta popular e revolucionária. O líder comunista afirmou:

Repetindo João Amazonas, ‘a melhor qualidade para um comunista é ser militante comunista! ’. Militar também é defender a unidade do Partido; militar é colocar o projeto político do Partido acima do seu interesse individual. Por isso estamos unidos aqui até essa hora. Penso que estamos dando um passo muito grande aqui no PCdoB pois saímos mais unidos dessa Conferência. Saímos mais estruturados em organizações de base e direções mais consolidadas. Temos mais condições política, ideológica e organizativa para enfrentar esse período de acirramento da luta política de classes. E para o isso o Partido deve estar muito unido e aguerrido” — concluiu.

Agora confira com exclusividade a íntegra do bate-papo da semana com o dirigente comunista João Batista Lemos.

23.10.17

AS PRIMEIRAS GREVES E AS QUESTÕES SOCIAIS DE ONTEM E HOJE NO BATE-PAPO COM O HISTORIADOR CARLOS AUGUSTO ADDOR

Carlos Augusto Addor / Crédito: Daniel Mazola.
O didático bate-papo da semana foi realizado no escritório do Historiador e Escritor Carlos Augusto Addor. O valoroso Professor atua com temas fundamentais para compreendermos a realidade social, tais como: anarquismo, sindicalismo, movimentos sociais urbanos, classe operária, urbanismo do Rio de Janeiro e literatura. Com vasta experiência acadêmica na área de História - com ênfase em História do Brasil República - além de vasta produção bibliográfica, Carlos Augusto Addor possui Graduação em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1973), Mestrado em História pela Universidade Federal Fluminense (1985) e Doutorado em História pela Universidade Federal Fluminense (2012).

Atualmente é Professor de Pós-Graduação da Universidade Federal Fluminense (UFF). A tese de doutorado “Um Homem Vale Um Homem – Memória, História e Anarquismo na Obra de Edgar Rodrigues” do Historiador Carlos Augusto Addor, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal Fluminense, está disponível para leitura em: http://www.historia.uff.br/stricto/td/1387.pdf

As greves brasileiras no início do século XX são influenciadas por uma conjuntura nacional de recessão, desemprego e carestia, e no plano internacional pela Revolução Soviética e a Primeira Guerra Mundial. A realidade do projeto Socialista na União Soviética apontou para uma perspectiva de transformação revolucionária da sociedade no Brasil”, explica o especialista. “Os sindicatos no Brasil eram autônomos, livres e frágeis financeiramente. Não foi por acaso que em Novembro de 1930 foi criado o Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, pelo decreto nº 19.433 do presidente Getúlio Vargas. Antes, o Estado da Primeira República não se propunha a legislar em matéria Social, era o chamado Estado da Ortodoxia Liberal”.

Do ponto de vista histórico, a era Vargas cooptou o movimento sindical sem debates, centralizando a estrutura e perseguindo todos que se opunham a isso, “desde sua origem a Legislação Trabalhista sempre foi uma faca de dois gumes para o trabalhador, ao mesmo tempo que concedeu direitos, passou a controlar e limitar as ações do movimento. O presidente Vargas atendeu reivindicações e demandas que transformaram-se em leis, mas por outro lado ele destruiu a autonomia sindical operária, não sem resistência, muitos anarquista e comunistas foram massacrados. É nesse período de centralização do Estado brasileiro que os sindicatos deixam de ser um órgão de luta e resistência e passam a ser entidades de assistência”, destacou o Historiador e Professor da UFF.

Sobre a situação atual, “é preciso criticar o processo de desmonte de direitos sociais por parte do governo Temer (...). Vocês da TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical fazem um ótimo trabalho enquanto imprensa autônoma e contra-hegemônica, livre e alternativa. Sou favorável a ampla geral e irrestrita liberdade de imprensa, sou contra qualquer tipo de controle ou regulação social da mídia, mesmo travestida de uma suposta dimensão esquerdista. A imprensa precisa ser livre assim como os sindicatos foram um dia”, alertou.

Ao final do encontro, o Doutor Carlos Augusto Addor convidou os leitores a assistirem na sede da OAB-RJ, dia 07 de dezembro (quinta-feira), às 17h, no plenário Modesto da Silveira (9º andar) a exibição do documentário: '1917, A Greve Geral' de Carlos Pronzato. A coordenação é da TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical em parceria com o Centro de Documentação e Pesquisa da OAB-RJ. Após o documentário haverá palestra com o Historiador e Professor Carlos Augusto Addor (um dos entrevistados no filme), o Cineasta Carlos Pronzato, e o jornalista Daniel Mazola, Diretor e Editor da TIS. Ao final do evento ocorrerá a entrega dos Prêmios: ‘Destaque Sindical 2017’ e ‘Destaque liberdade de Imprensa 2017’.

Veja agora o didático bate-papo, com informação e opinião:

Leia também:

TRIBUNA DA IMPRENSA SINDICAL EXIBIRÁ O FILME ‘1917, A GREVE GERAL’ NA OAB-RJ. HAVERÁ HOMENAGENS A SINDICALISTAS E DEFENSORES DA LIBERDADE DE IMPRENSA

20.10.17

CARTA CAPITAL VIVE!

Via SOS BRASIL SOBERANO -

Campanha em defesa da Carta Capital é lançada no Rio de Janeiro. A publicação vive um momento de dificuldade financeira, como mostra o documento subscrito por intelectuais, jornalistas e movimentos social e sindical.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia e jornalista Roberto Amaral observa o engenheiro e presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro (Senge-RJ), Olímpio Alves dos Santos defendendo a importância de instrumentos alternativos de comunicação / Crédito: Daniel Mazola.
A reunião que juntou mais de cem pessoas no auditório da ABI, na noite da última segunda feira, 16, mostrou que são muitas as vozes dispostas a gritar e impedir que a Carta Capital saia de circulação. A revista se tornou símbolo de resistência à grande mídia tendenciosa e sectária que impera no país. Daí a proposta de fundação da Sociedade de amigos da Carta Capital, com o objetivo de reforçar a luta para acabar com o déficit de R$ 400 mil mensais e tentar regularizar um passivo da ordem de R$ 5 milhões.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia, também jornalista, Roberto Amaral, abriu o encontro falando da importância da revista, “o que ainda resta de imprensa livre no país”, e da formação da sociedade dos amigos, que definiu como ato de resistência democrática. Agradeceu ao Senge, Fisenge, Modecon (Movimento em defesa da economia nacional) e ABI pelo apoio à realização do evento.

Em seguida, o consultor editorialista, Luiz Gonzaga Belluzzo, disse que essa resistência hoje é quase devoção. “Após a luta contra a ditadura, jamais imaginei que o Brasil pudesse sofrer uma degradação no debate público como está acontecendo agora.” Fez referência à censura e ao recente ataque aos museus de forma indignada. “Esse tipo de obscurantismo me choca extremamente! Vivemos um remake da Marcha da família!” E ainda comentou que as pessoas querem a assinatura impressa, o que denota o necessário “sentido de permanência” e torna a Carta Capital uma “trincheira indispensável”.

Uma “ trincheira mais modesta” propôs o presidente do Modecon, Lincoln Penna, prometendo transformar as reuniões das segundas-feiras do grupo em defesa da liberdade de imprensa e do princípio sagrado da soberania nacional e popular.

Na mesma linha, a deputada Benedita da Silva observou que “esse governo que está aí não aceita o contraditório” e é fundamental que a revista se mantenha. Contou que o ex-presidente Lula incentivou toda a bancada petista a prestigiar a Carta Capital. “À bancada da esquerda só resta assinar a revista. É a soberania nacional que está em jogo”, ratificou.

Ao lado da parlamentar, o contador Nelson Rocha, que atou no seu governo quando governadora do Estado, reforçou a ideia de uma sociedade sem fins lucrativos para o fortalecimento político, econômico e editorial da Carta Capital.

Organizar uma campanha de caráter nacional com braço no Rio de Janeiro, logomarca e o que mais for preciso, foi a proposta de Orlando Guilhon, da executiva do FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. “A mídia privada e corporativa mantém o golpe. Sem democracia na comunicação não reverteremos este quadro”.

Enquanto isso, Daniel Mazola, da Tribuna da Imprensa Sindical, se comprometeu a colocar um banner no site do jornal para divulgar o projeto de apoio à Carta Capital. “Leio a revista desde que foi criada, minha esposa é assinante, o conteúdo sempre foi produzido com lisura e dignidade, raro hoje em dia”, afirmou. Em outra ponta, o ator Jitman Vibranovski, que atua na comédia indignada, Marx baixou em mim, que tem o apoio da Carta Capital, contou que a recepção do público na Paraíba foi emocionante. “Muitas pessoas interessadas em discutir as questões do país. É preciso intensificar a campanha pela revista em todo o Brasil”, considerou.

E foi endossado pelo veterano jornalista Mário Jakobskind, que falou em chamar artistas e músicos, como Chico Buarque, para fazerem a campanha da revista, como na época da ditadura militar. A Professora do Colégio Pedro II e presidente da associação de Amigos do Programa Faixa Livre,  Lúcia Naegeli, disse que vivem o mesmo drama e que estava ali para prestar solidariedade. “Precisamos nos apoiar”. Ela sugeriu que se faça campanha nas escolas particulares. “Assim como foi feita uma vez pela revista que prefiro não dizer o nome”, lembrou, sem explicitar a revista Veja.

O redator-chefe da revista, Sérgio Lírio, relatou então o caso do jornal Página 12 e da revista Caras y caretas, na Argentina, perseguidos pelo novo governo. “O fundo das centrais sindicais comprou um grupo incluindo os dois veículos e uma rádio”. Uma ideia para tentar resolver o fluxo de caixa. “Se a sociedade quiser comprar uma parte e se tornar sócia”, explicou.

O apoio do Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro e da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros não faltará. “Junto às centrais sindicais, queremos fazer o trabalho de colheita de assinaturas com rigor, calma, mas persistência”, assegurou o diretor-presidente do Senge/RJ, Olímpio Alves dos Santos. No mesmo tom, o diretor-presidente da Fisenge, Clovis do Nascimento, garantiu: “Vamos nos irmanar e trabalhar para manter a Carta Capital em dia”.

Olímpio aproveitou para falar da vitória dada pelo Júri Popular do Festival de Cinema do Rio ao documentário de Silvio Tendler, Dedo na Ferida, que contou com o apoio das duas entidades e pediu à Carta Capital que divulgue o filme, cujo tema é exatamente “a força da grana que ergue e destroi coisas belas”, parodiando Caetano Veloso.

Sem conseguir destruir, no entanto, o que há de bom nos corações e nas mentes de muitos brasileirinhos. O depoimento do professor de Física, José Helayel, comoveu a todos. Atuando em Petrópolis com estudantes de baixíssima renda (até dois salários mínimos), revelou que seus alunos leem textos da Carta Capital e gostam muito. “Se cotizam com 50 centavos e um real para comprar a revista”, garantiu.

A ata para assinatura de fundação da sociedade foi passada na plateia que reunia nomes expressivos, além dos já citados, como o ex-ministro José Gomes Temporão, os professores Carlos Lessa, Darc Costa e Luiz Fernandes, a historiadora da Fundação Casa de Rui Barbosa, Isabel Lustosa, e o jornalista Jesus Chediak. O presidente do Clube de Engenharia, Pedro Celestino e o deputado federal (Psol) Glauber Braga mandaram mensagens de apoio.

No encerramento, Belluzzo reverenciou o patrono da ABI, Barbosa Lima Sobrinho que, se ali estivesse, seria com certeza o primeiro a assinar a ata, lembrando de sua energia e disposição, com mais de 90 anos, ao organizar a Campanha pelas Diretas, na casa de Ulisses Guimarães. E fazendo a leitura de todos os nomes que fizeram a convocatória da reunião, Roberto Amaral se despediu com otimismo: “Quem sabe não conseguimos o efeito piracema (período de reprodução dos peixes) e espalhamos com força a campanha em todo o país?!”

A semente está fortemente plantada.

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15.10.17

DITADURA DO CAPITAL, CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA E “A PEQUENA PRISÃO” DE IGOR MENDES NO IMPERDÍVEL BATE-PAPO DA SEMANA

DANIEL MAZOLA -


No próximo dia 19 de outubro, às 18h, no Salão Nobre da Faculdade de Direito da UERJ será lançado o livro “A pequena prisão” do valoroso combatente IGOR MENDES. O ativista e colaborador dessa Tribuna nos contou no bate-papo da semana como fez para burlar a censura e escrever seus artigos para nosso jornal de dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó durante os meses que esteve preso, falou da crescente insatisfação popular com a pseudo democracia brasileira e principalmente da importância de seguir lutando e não se resignar jamais. Foi do processo de conflitos, resistências e do encontro com a realidade dramática do submundo carcerário que nasceu este livro, e também dos necessários artigos que escrevi periodicamente na ‘pequena prisão’ para a Tribuna, por diversas vezes usei papel higiênico para escrever, depois entregava para minha advogada reescrever e enviar para o e-mail”.

É importante destacar que Igor Mendes, estudante de Geografia da UERJ foi um dos 23 ativistas criminalizados apenas porque se manifestavam nas ruas contra as mazelas sociais do nosso 'estado autoritário de direita', ou 'ditadura do capital'. Tudo dentro da legalidade, normalíssimo, legítimo e natural, lutar não é crime. Na tarde de uma quinta-feira, 25 de junho de 2015, depois de 6 meses e 22 dias na prisão aconteceu a sonhada libertação do jovem universitário. Ao sair do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, foi recebido e saudado pelo advogado Marino D Icarahy, pelos ativistas da Frente Independente Popular (FIP-RJ), do Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), do Movimento Popular Combativo (MPC), da Unidade Vermelha, da Frente Internacionalista dos Sem-Teto (FIST) e por ativistas independentes e outros apoiadores com elevado espírito de combate. 


O livro (no momento está sendo lido por meu filho, e que generosamente ganhamos com carinhosa dedicatória) é um relato sobre os quase sete meses que o autor esteve preso no maior complexo prisional da América Latina em decorrência das manifestações de 2013 e 2014. “Aquela irrupção de ar puro” – segundo a Professora Vera Malagutti pontuou no Prefácio – “foi seguida de uma brutal perseguição penal com o aval dos governos federal, estadual e municipal, com o auxílio descarado e implacável da grande mídia”.

Lançado nos dias 23 e 24 de setembro no SESC Ipiranga, em São Paulo, agora, é a vez de “A pequena prisão” abrir-se para o Rio de Janeiro na próxima quinta-feira (19). O evento iniciará com a interpretação de trechos do livro pela atriz Soraya Ravenle. Na sequência, ocorrerá uma discussão sobre a obra, com a participação de Igor Mendes e da Professora Vera Malaguti (professora de Criminologia da UERJ e secretária-executiva do Instituto Carioca de Criminologia), mediado pela jornalista Fafate Costa (professora da UFRRJ). Ocorrerá sessão de assinaturas pelo autor.

Confira o bate-papo na íntegra:

Serviço:
“A pequena prisão”
Data e hora: Dia 19 de outubro, às 18h.
Local: Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), 7° andar, campus Maracanã.
Contato: apequenaprisao@gmail.com
Página no facebook: A Pequena Prisão, de Igor Mendes

10.10.17

ENTREVISTA – “ESTIMULAR A CONSCIÊNCIA POLÍTICA DO TRABALHADOR É FUNDAMENTAL PARA BARRAR ESSE GOVERNO SERVO DO CAPITAL” EUSÉBIO PINTO NETO, PRESIDENTE DA FENEPOSPETRO E DO SINPOSPETRO-RJ [VÍDEO]

DANIEL MAZOLA -


Com a missão de entender como o movimento sindical está trabalhando para impedir o retrocesso social da “Reforma” Trabalhista, estive ontem (9) na sede do SINPOSPETRO-RJ para conversar com o influente e atuante dirigente sindical Eusébio Pinto Neto (foto). Presidente da Federação Nacional dos Empregados em Postos de Combustíveis (FENEPOSPETRO) e do Sindicato dos Empregados em Postos do Município do Rio de Janeiro (SINPOSPETRO-RJ), o sindicalista falou da complicada conjuntura sindical, da luta em defesa do Projeto de Lei para alterar pontos da nova Lei trabalhista, da campanha de Exposição ao Benzeno, de prevenção segurança e fiscalização nos postos, formação sindical e política, e ainda fez um balanço do seminário “Reforma Trabalhista-Impactos da lei e ações para o seu enfrentamento” realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), semana passada em Brasília.

“Precisamos seguir discutindo as mudanças promovidas pela Reforma Trabalhista na vida da classe operária, no Seminário da CNTC foi consenso entre advogados, desembargadores e juristas que estamos passando por gravíssima insegurança jurídica, a lei aprovada é devastadora e incompatível com o sistema sindical brasileiro, vai certamente precarizar ainda mais o trabalho no país e trazer grandes prejuízos para a classe trabalhadora. Tem que haver uma resistência do movimento sindical para não aceitar essa lei que vai enfraquecer as entidades de classe, tirando o poder de lutar para assegurar os direitos dos trabalhadores, essa lei vai legalizar as irregularidades praticadas por empresários, assim pensam juristas e desembargadores”, explicou Eusébio Pinto Neto.

Para o sindicalista, esse governo é servo do capital e está apenas atendendo os interesses dos poderosos. “O compromisso do governo é de não ceder nada, nem um milímetro para os trabalhadores. Mas nós ainda temos grande poder de pressão e continuamos trabalhando junto ao executivo e ao Congresso Nacional para conscientizá-los da necessidade de regulamentar alguns itens dessa nova Lei, que é muito prejudicial. Na próxima eleição precisamos eleger um presidente da República e parlamentares comprometidos com as causas trabalhistas, com projeto soberano e nacionalista para não continuarmos subalternos e explorados pelas grandes potências, principalmente dos Estados Unidos”.

“Estimular a consciência política do trabalhador é fundamental para barrar esse governo servo do capital”, Eusébio Pinto Neto
“Ao mesmo tempo em que a tropa de choque do governo se articula para barrar a segunda denúncia contra o presidente Temer, os mesmos incansáveis capachos do capital se movimentam para tentar mais um golpe contra o povo e tentar votar a criminosa reforma da Previdência. Assim como foi feito com a reforma trabalhista, os parlamentares traíras obedecem cegamente às ordens superiores, para na base do custe o que custar votar a retirada de direitos que deixarão milhões de brasileiros longe do tão sonhado direito à aposentadoria. Felizmente, sabemos que desta vez o buraco será bem mais embaixo e, muito provavelmente, a má intenção dos traíras fique apenas na vontade de destruir mais um pouco do que foi construído com muito sacrifício e contribuição pelo povo brasileiro. No entanto, como seguro morreu de velho, não podemos baixar a guarda e nos descuidar, porque deste Congresso podemos esperar tudo. Principalmente, no que se refere a acordos realizados na calada da noite, que resultam em verdadeiras tragédias para a classe operária, como foi à reforma trabalhista. Por isso, os trabalhadores brasileiros precisam estar mobilizados e conscientes de que se os parlamentares da tropa de choque tiverem a cara de pau e a ousadia de nos afrontar colocando em votação este frankstein da reforma da Previdência a ‘porca vai ter que torcer o rabo’. Até porque, teremos que agir rápido e energicamente para barrar essa insensatez, para que mais uma estupidez não se repita em tão pouco tempo, desgraçando, ainda mais, a vida do trabalhador brasileiro que não pode e não será humilhado por estes vendilhões que estão de joelhos para os donos do capital”, analisa o experiente sindicalista.

Outra questão grave que vem tirando o sono do lutador Eusébio e dos trabalhadores frentistas, são os casos frequentes de violência nos postos de combustíveis. “Estamos planejando realizar um Ato Nacional para denunciar os assassinatos e a violência rotineira que vêm ocorrendo contra trabalhadores da nossa categoria”. Por fim o presidente da FENEPOSPETRO e do SINPOSPETRO-RJ destacou: “A formação sindical e política são essenciais para estimular a consciência política do trabalhador. Precisamos lutar para manter as entidades sindicais fortes, o movimento sindical é fundamental para a qualidade de vida dos trabalhadores e para o Estado Democrático de Direito”. Confira a entrevista em vídeo:

8.10.17

PROJETO E PERSISTÊNCIA DE UMA NAÇÃO SOBERANA-SOCIALISTA É UM TIRO NO CORAÇÃO DO CAPITALISMO. BATE-PAPO SOBRE COREIA DO NORTE COM LUCAS RUBIO

DANIEL MAZOLA -

Hoje nem a mídia ocidental e os agentes imperialistas conseguem mais negar o enorme desenvolvimento econômico, social, tecnológico, militar e científico que a Coreia Socialista alcançou com muito esforço, tenacidade, consciência revolucionária, organização, espírito de luta, sangue, suor e lágrimas.


O presidente do Centro de Estudos da Política Songun-Brasil, especialista militar e da sociedade norte-coreana, colaborador da TRIBUNA DA IMPRENSA Sindical, Lucas Rubio (foto) foi o convidado da semana para um bate-papo internacional. O assunto é crucial para a sobrevivência do governo de Pyongyang, do sistema capitalista global, dos homo sapiens e para o futuro da humanidade. Na pauta o programa nuclear norte-coreano, os avanços tecnológicos e sociais do regime, direitos humanos, história, democracia e religião, a luta internacionalista para libertar os trabalhadores, e as atitudes firmes em defesa do projeto de Nação Soberana e Socialista do líder KIM JONG UN, Presidente do Partido do Trabalho da Coreia, do Comitê de Estado da República Popular Democrática da Coreia (RPDC) e Comandante Supremo do Exército Popular da Coreia.

Recentemente, em mais uma de suas provocações e ameaças, o arrogante fascista e despreparado presidente norte-americano Donald Trump disse em plena Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) que os EUA poderiam "destruir totalmente" a Coreia do Norte. Porém ficou constatado pouco depois que esse psicopata-fanfarrão também é um péssimo estrategista e mentiroso, segundo analistas qualificados e especialistas em questões militares, em caso de um contra-ataque norte-coreano, o arsenal dos Estados Unidos não é capaz de parar um possível golpe nuclear da Coreia Socialista. Conforme declarado por especialistas no site Defense One, nenhum sistema antimíssil atual pode atingir a altitude atingida pelos mísseis norte-coreanos.

KIM JONG UN entre camaradas militares comemorando recentemente mais um teste balístico bem sucedido / Reprodução 
"Se hoje a Coreia do Norte alcançou sucesso no seu projeto nuclear é porque sempre foi ameaçada por potências imperialistas e segue constantemente ameaçada pelo arsenal estadunidense. Todos os países e nações que não tem armas nucleares estão a merce dos EUA, muitos já foram devastados e invadidos por esse motivo", destacou o entrevistado da semana.
A declaração oficial do líder KIM JONG UN relativa ao discurso do presidente estadunidense, divulgada dia 21 de setembro, foi muito corajosa, lúcida e contundente: "(...) Estou analisando com cuidado até onde chegaria nossa reação a qual Trump deveria ter imaginado antes de dizer esses disparates. Seja lá o que ele pensou o resultado sobrepassará sua imaginação. Declaro reiteradamente que domarei com fogo o maníaco estadunidense". Confira o vídeo do pronunciamento e a íntegra do texto com tradução de Lucas Rubio e Gabriel Tanan aqui.

Conversando com nosso especialista e colunista, constato que o Rio de Janeiro – socialmente caótico e belíssimo por natureza – certamente não é a mais linda cidade do mundo, Pyongyang capital norte-coreana é incrivelmente mais limpa, conservada, bem organizada e certamente maravilhosa. Considerando­-se que toda a cidade foi bombardeada pelas forças dos EUA na Guerra da Co­reia (ou Guerra de Li­bertação da Pátria) e que apenas dois edifícios permaneceram em pé em 1953, é uma realização certamente impressionante. As es­tátuas e grandes edifícios são inspira­dores, assim como são os grandes espa­ços verdes, onde você pode ver as pesso­as relaxando, como vemos no Ibirapuera ou no Aterro do Flamengo por exemplo. Novos prédios (vários arranha céus) surgiram em toda a cidade na ultima década, mas mesmo os que são evidentemente mais antigos são muito bem conservados, explicou Lucas Rubio. Costuma-se vender a ideia por aqui que Pyongyang durante a noite é escura, pura mentira, é mais bonita, moderna e organizada que a maioria das cidades ocidentais, belas luzes iluminam principalmente todo o centro da cidade.

A belíssima e bem projetada capital Pyongyang / Reprodução
Em 2015, o PIB da RPDC alcançou 9% de crescimento, ficando entre as 5 maiores taxas de crescimento econômico do mundo. Os salários aumentaram entre 250% a 1200% nos setores público, cooperativo e familiar nos últimos 10 anos. Hoje nem a mídia e os agentes imperialistas conseguem mais negar o enorme desenvolvimento econômico, social, tecnológico, militar e científico que a Coreia Socialista alcançou a passos largos. Visite a página flickr da RPDC e tenha acesso a centenas de fotos da verdadeira Coreia Socialista.

Confira agora, em vídeo, o empolgante bate-papo com o presidente do Centro de Estudos da Política Songun-Brasil, especialista em Coreia do Norte, Lucas Rubio: